Como fazer a lavoura prosperar em locais secos?

Na hora de cultivar uma nova lavoura, as condições da terra muitas vezes jogam contra o produtor. Mas você pode resolver isso, adotando algumas técnicas.

 

A conta é simples: sem (ou com pouca) chuva, o crescimento vegetativo reduz e aumenta a incidência de pragas e doenças em cima das lavouras. Mas é possível prosperar em locais secos, investindo em conhecimento e novas técnicas de irrigação e nutrição dos solos.

Para ajudar você, produtor, a ter sucesso e resultados melhores, a Monte Alegre selecionou alguns exemplos disso:

       1.Irrigação por gotejamento

Cada vez mais popular, a irrigação por gotejamento é a alternativa mais eficaz, produtiva e sustentável para muitos tipos de lavouras. Como funciona: utilizando o manejo dos recursos hídricos, é feito o monitoramento e identificação do consumo de água pelas plantas, além da capacidade de retenção de água pelo solo e perda de água para o ambiente.

Assim, é possível otimizar os custos e o rendimento, sem ter que abrir novas áreas de cultivo ou adquirir uma nova propriedade.

 

     2.Árvores: melhores amigas da lavoura

A arborização também é uma sugestão para enfrentar períodos de seca e ajudar terrenos que sofrem com pouca água, porém, deve ser algo bem planejado, ou seja, para um bom resultado, o produtor deverá equilibrar a sua lavoura, fazendo linhas de cultivo e linhas de árvores alternadas.

3.Hidrogel superabsorvente

Desenvolvido pelo químico Rodrigo César Sabadini, durante o seu doutorado no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), com orientação de Agnieszka Joanna Pawlica Maule, o hidrogel superabsorvente é uma excelente solução para lavouras cultivadas em solos áridos, que sofrem com a seca ou em plantações irrigadas, reduzindo o consumo de água.

Misturado ao solo, o produto tem capacidade de absorver grande quantidade de água – da chuva ou da irrigação –, servindo como uma reserva hídrica em períodos de estiagem. “A maior parte da pesquisa e desenvolvimento desses materiais se baseia na utilização de polímeros sintéticos. A vantagem dos nossos é que eles são biodegradáveis, não deixam resíduos”, explica a química Agnieszka. 

“Os sintéticos, além de se acumularem no ambiente, por não se degradarem naturalmente, podem ser lixiviados para rios e cursos d’água. E seus resíduos de monômeros de acrilatos podem ser tóxicos para o solo e os rios.” 

Ainda em fase de patente, o hidrogel desenvolvido pelos pesquisadores tende a ser uma excelente solução para o futuro. Sua lavoura ganha e o meio ambiente também!

 

     4.Cisternas

O uso de cisternas pode ser outra grande chave para melhorar os custos e a produtividade na sua lavoura.

Uma combinação delas com a primeira técnica que falamos aqui no texto (de irrigação por gotejamento), pode diminuir o desperdício de água na sua lavoura, impactando positivamente também no meio ambiente.

A água vinda dos telhados, e captada pela cisterna, pode ser utilizada em sua plantação e na limpeza. As cisternas podem ser feitas de diversos materiais e terem variados tamanhos, de acordo com a necessidade e disponibilidade de espaço da propriedade.

Para o uso agrícola são indicadas as opções escavadas e revestidas de geomembrana, opções em concreto armado ou caixas de água de volumes maiores em que, através de calhas instaladas nas residências, galpões ou até mesmo em estufas de produção de verduras, a água da chuva é direcionada.

Comuns em muitos municípios do nordeste, as cisternas já ajudaram muitos produtores a enfrentar a seca. Durante os períodos de chuva, esses reservatórios conseguem armazenar água para o ano inteiro.