O Brasil é hoje um dos principais exportadores do grão no mundo, entenda mais sobre como isso impacta na nossa economia.
Principal fonte de renda de muitos produtores brasileiros, a soja é tradicionalmente cultivada no verão, em função de suas características fisiológicas e exigências climáticas, o que faz com que ela seja a principal cultura da estação em diversas lavouras nacionais.
Mas esse foco no grão não começou agora. Na década de 70, a soja já era considerada a principal cultura da agricultura nacional, e a ampliação da indústria de óleo, aliada ao desenvolvimento de novas tecnologias impulsionou este cultivo, que entre 1970 e 1980 passou de 1,3 milhões de hectares cultivados para 8,8 milhões.
E esse número só faz crescer. Conforme informações do 10° Levantamento safra 2020/2021 da Conab, na última safra, a área nacional cultivada com soja apresentou crescimento de 4,2% em comparação a safra anterior (safra 2019/2020).
Além disso, a produtividade observada apresentou aumento de 4,5% em comparação a safra 19/20, resultando em uma produção total de aproximadamente 135.911,7 mil toneladas.
Benefícios da soja para o Agronegócio nacional
Em comparação a outras culturas agrícolas, pode-se dizer que a soja é a cultura com maior participação do valor de produção, e uma das principais em extensão territorial. Na safra passada (2020/2021), foram cultivados 38.507,6 mil hectares da oleaginosa. Um de cada quatro dólares exportados pelo complexo agroindustrial brasileiro provém da soja (Embrapa).
Mas por que a soja é líder na agricultura brasileira? Isso se deve, principalmente, pelo retorno econômico e versatilidade deste grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis.
A crescente demanda da soja, impulsionada pela versatilidade do grão, tem intensificado a produção do grão no país, exigindo aumento da produção para suprir as necessidades globais. Para 2029, a projeção é de aumento de 32% da produção, 22% do consumo e 41% das exportações (Aprosoja Brasil, 2020), sendo a expansão da área cultivada, uma das principais alternativas para o aumento da produção.
Um dos principais commodities negociados no mundo
Os preços médios da soja na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) de junho de 2021 foram calculados a UScents 1.462,33/bu, com queda de -2,76% em relação a maio do ano em curso, com média de UScents 1.503/bu. Porém, cabe destacar que esse valor é 68,63% mais elevado que o calculado em junho de 2020 (Conab, 2021). Isso beneficia diretamente a economia nacional.
Sendo assim, a exportação é um dos principais destinos da soja brasileira, sendo responsável por boa parte da arrecadação do agronegócio do nosso país.
Boa não só para os grandes produtores do agronegócio.
É sempre bom lembrar que, além da importância econômica, a cadeia produtiva da soja desempenha papel social essencial no Brasil, empregando milhares de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao cultivo da soja.
Dados divulgados pela Aprosoja Brasil dão conta de que a cadeia produtiva deste grão reúna mais de 243 mil produtores brasileiros, e um mercado de 1,4 milhões de empregos.
Sem falar, que a soja faz parte da alimentação humana e animal, sendo uma das principais fontes de proteína de origem não-animal, alimentando bilhões de pessoas.
Além disso, tecnologias como o sistema de plantio direto, possibilitam a maior sustentabilidade de lavouras sojículas, beneficiando inclusive o meio ambiente – uma vez que auxiliam na redução da degradação ambiental.
